2 de dezembro de 2011

Até o fim

2 de dezembro de 2011



Alguém me interne no paraíso, preciso urgente da um tempo por lá. Tô jogando tudo para o ar. Estou de malas prontas prometa que não vai demorar. Ando sufocada com uma estranha falta de ar. Preciso urgente me separar de toda  essa sujeira, tenho na verdade que me salvar; ficar perto do que é ruim contamina até o meu pensar. Preciso urgente desse paraíso que tanto vejo falar, preciso da um tempo dessas mazelas que vejo, preciso descansar dessa televisão que não para de anunciar, o fim do mundo, a dor da guerra; esses filhos da mãe que andam por Brasília apenas tentando arrumar mais um jeito de me roubar. Eu acho que essa humanidade está muito desumana. Preciso  desse tal paraíso para desintoxicar.
Toda mentira e hipocrisia me fazem adoecer e  até apagar, toda essa política de boa vizinhança  me faz pensar que viver de aparências é matar a alma devagar. Mas é hora  de lutar, desistir nem pensar; tenho mesmo é que levantar  a cabeça e seguir, sem medo do futuro, trazendo comigo a certeza de que sempre vale a pena mais um tentar, ficar parada olhando para o mundo é que não da, quero mesmo é arrumar um jeito de fugir e me salvar.

Não pretendo ficar parada diante de tudo que vejo, não vou agüentar, vou precisar gritar quando algo me sufocar, pretendo  da mentira e da hipocrisia desses tolos me afastar, pretendo viver bem, não precisa ser muito, mas que tenha qualidade, que não me falte personalidade, que não me falte forças. Não, me recuso  a agir como todos vocês, aprendam que pessoas como eu não vieram ao mundo ao mundo para ocupar um pequeno lugar.  Eu tenho a alma grande e ainda possível de alargar, nada vai me fazer estagnar. Gente que mente tem em todo lugar, o que não adianta é perder a fé, tudo tem jeito é só acreditar, o pensamento tem força, o pensamento positivo tem poder de mudar o impossível. Vou mostrar quem sou, sem fantasias, olha bem para os meus defeitos, são meus é tudo particular, e vai ser assim se pretende me aceitar. 

Nada de flores e enfeites, sem cortes nem edições  desse jeito me torno cada vez mais singular, e nada  de ruim nesse mundo será capaz de me parar. Contra  todo ódio  e falta de amor; contra todo mau olhado  fechei meu corpo  e vai ser difícil me derrubar. Por favor, entreguem-me o bilhete,  quero minha passagem  para esse tal paraíso que tanto ouço falar, espero que lá ninguém venha me roubar, me importunar, me sacanear. Tô precisando tirar essa  pesada armadura que ando vestido para continuar a lutar, contra esses monstros invisíveis do cotidiano, e quando isso acontecer; quando o dia da redenção chegar será o dia do alivio e quando isso acontecer cuidado para meu brilho não te ofuscar, pois eu tenho certeza que mais cedo ou mais tarde minha passagem será comprada para lá.

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